sábado, 17 de outubro de 2009
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
hitorias de sereias
Ao longe, na risca, avistavam-se quatro mastros em cujas pontas estavam içadas as brancas velas de algodãozinho, confeccionadas a duas mãos calejadas dos bravos pescadores.
Três jangadas singravam em direção à praia, onde todos aguardávamos ansiosos para comprarmos o peixe do almoço.
A pescaria foi abundante. Havia pargos, cavalas, dentão, guaiúba, até uma moréia, a cobra do mar. Levávamos para casa uma embiricica de peixes.
De repente, Zacarias, nosso contador de histórias, olhou para trás e percebeu que a última embarcação aproximava-se da praia muito vagarosamente. No semblante do contador, um olhar interrogativo. Deixamos nosso companheiro para trás, pois fôramos sorteados para prepararmos a peixada.
Zacarias mirou bem aquela jangada e, pelo seu olhar binocular, percebeu que algo de anormal estava acontecendo dentro daquela pequenina embarcação.
Naquele barco, dos seus tripulantes, que eram quatro, apenas três retornaram à praia, amarrados ao mastro da jangada.
Zeca, um dos quatro, contou a seguinte história a Zacarias:
- Descemos a âncora, a fim de que realizássemos nossa pescaria. Estávamos todos envolvidos com a pesca, no maior silêncio, quando ouvimos um canto suave, melodioso, que nos inebriava. Quando erguemos a vista, ao longe, avistamos uma linda mulher, de olhos azuis, cabelos de graúna, cantando e sorrindo para todos nós. Falei para meus companheiros:
- Colegas, essa linda mulher é a sereia do mar. Vejam que, da cintura para baixo, é peixe. Vamo-nos amarrar ao mastro de nossa nau.
Meus companheiros retrucaram:
- Que tolice é essa, Zeca, sereia não existe!
- Certa vez, colegas, li um livro sobre sereias que dizia: quando estas desejam enamorar um humano, cantam melodias que embevecem a alma de qualquer um. Somem com a criatura para as profundezas do mar. Para nos livrarmos desse encanto, somente nos amarrando ao mastro do barco. Ari, nosso companheiro, não acreditou. Enlevou-se pela beleza e suavidade da voz daquela mulher-peixe e desapareceu para sempre nas águas profundas do mar.
Zacarias, nosso contador de histórias, ainda acrescentou: - na praia, encalharam algumas sereias que estão deixando os homens boquiabertos com tanta beleza, desfilando pela orla marítima.
Corremos todos. Realmente, havia várias sereias de carne e osso. Quando a casa retornamos, Zacarias já havia deglutido a melhor parte da peixada.
Como esse Zacarias é esperto!
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
MINHA PESQUISA
As sereias são criaturas míticas que supostamente vivem nos mares do mundo todo. Sua metade superior se parece com uma linda mulher com cabelos compridos e da cintura para baixo elas têm corpo de peixe.
Marinheiros e pescadores vêm contando histórias de sereias há séculos; a primeira foi vista em 1000 aC em Assíria. A imagem mais popular de uma sereia é aquela onde ela aparece sentada em uma pedra admirando a sua beleza no espelho.
Algumas sereias são criaturas boas, que atendem aos pedidos dos marinheiros que as ajudam. Mas muitas dessas aparições significam má sorte, um presságio de uma tempestade ou naufrágio. Há outras histórias que falam do canto enfeitiçado das sereias que seduzem os marinheiros até as pedras onde seus navios são esmagados em pedacinhos.